terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Curso de elaboração do projeto VAI ( Arte maloqueira)


Nosso coletivo foi convidado a participar do curso de elaboração do projeto VAI onde estavam presentes o Fabião, pesquisador da USP de direitos humanos e educação, que nos trouxe muitas informações e dicas, a Rosa, assistente social, que também foi essencial. Foi muito bom conhecê-los, não deixando de mencionar o Glauco, coordenador de Bibliotecas da prefeitura de São Paulo que está fazendo um trabalho muito legal que é levar a Biblioteca até os bairros onde não têm acesso, através da Biblioteca ônibus. Sem contar o bate papo especial com o James, coordenador do VAI, que tirou todas as dúvidas da galera.


Da próxima vez tiro uma foto da Maria Dayane quando ela não estiver olhando... ela se esconde!!!
Adoramos passar um dia inteiro com vários coletivos de cultura.

Parabéns para galera do Arte Maloqueira e do Cine Campinho!!!
Valeu Richard, Renildo, Bruno e Pedro. Estamos juntos!!!

Agradecemos pelo convite.

Jociane

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Literatura Periférica - Xepa Literária




No último domingo (21/11/2010) estivemos no evento cultural que ocorreu em Guaianases organizado pelo pessoal do Tenda Literária. Diversos escritores e representantes de movimentos de cultura estiveram presentes.
Além da feira literária e apresentações culturais, rolou um sarau muito do bom, em que diversos coletivos se apresentaram. A Tawany e da Dayane representaram nossa Revolução Poética mandando dois poemas marcantes.

Ficam as fotos.



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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lágrimas em Sangue - por Anderson


Sangue e lágrimas se misturam
Em um mundo obscuro
Sangue e lágrimas se misturam
Em um mundo obscuro


Sangue e lágrimas se misturam
Em um mundo totalmente escuro
Sangue e lágrimas se misturam
Em um mundo em Guerra


Sangue e lágrimas se misturam
Em um mundo de feridas abertas
Sangue e lágrimas se misturam


Sangue e lágrimas se misturam
Sangue e lágrimas se misturam
Neste nosso mundo

Sangue e lágrimas se misturam.

[Anderson, do movimento de Cultura de Guaianases - Rebeliarte]

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Corrupção - por Mayara Cardoso



Mundo, mundo.
Neste mundo tem muita corrupção,
Gente enganando gente,
Ladrão roubando o pouco das pessoas.
Um conselho:
Fique ligado nas pessoas desse jeito.

Corrupção, corrupção.
Esta palavra é de ódio.

[Mayara Cardoso]

(Imagem de Carlos Latuff)

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sonho... por Jéssica Santos



Noite fria, banida de qualquer esperança,
Mundo vazio, violento, desesperançoso.
Ruas vazias,
Casas a chorar.

Brisa suave trazendo fome e destruição,
Pobreza infinita.
Noites traiçoeiras, sem lua, sem estrelas,
Somente tristeza,
Casas a chorar.

Mas de repente
As trevas se tornam inundadas, afogam-se
Na escuridão, voltam a superfície
Que no amanhecer
O sol se levanta
Trazendo luz, paz e até alguns sorrisos
(Que quase se extinguiram).

Se abrem para um mundo novo, sem trevas
Casas a sorrir
Ruas com risadas,
Crianças a brincar, sem que se lembrem
que um dia viveram em um mundo de
Injustiças.

[Jéssica Santos, 14 anos]

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domingo, 24 de outubro de 2010

Samuel Macário também é Revolução Poética



Quem esteve presente neste fim de semana conosco foi o poeta Samuel Macário. Dentre outras coisas, falou sobre suas experiências antes de se tornar escritor, seus tempos de escola e da caminhada até conseguir ver seus poemas publicados em livro.


A organização da atividade foi realizada por tod@s, o que transformou o encontro em uma grande confraternização, com direito a bolo e tudo... quem não foi, perdeu.




Mas nem tudo foi festa, também discutimos a dificuldade de acesso à cultura que os moradores das periferias vivenciam, dos escassos investimentos e da luta que devemos continuar travando com o objetivo de ampliar o processo de produção cultural que atualmente se desenvolve à margem dos grandes centros.

No final, alegria e autógrafos.

E, claro, o convite para o retorno.


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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Movimento de arte maloqueira - Guaianases


É galera, o bicho tá pegado nas periferias desse imenso São Paulo.

Alguns malditos afirmaram há tempos atrás que a história tinha acabado.
Mas não acabou não. Ela está todinha viva, com o próprio povo fazendo e se refazendo nela.

No sábado, dia 09 de outubro, rolou outro Sarau da Maloka. Esse foi muito diversificado, com apresentações diversas, teatro, música, RAP, grafite e, claro, muita poesia.

Ficam algumas fotos. Vamos tentar editar as filmagens, daí a gente já manda um clip com um pouco do que rolou, com áudio também.

E um grande abraço, aqui da galera do Negro.

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Esperança - por Jéssica Santos



Esperança

Uma pequena, adorável e ingênua criança continua em seu mundo de fantasia, em seu berço de riquezas, esperando sua boneca de olhos de safira, imaginando como seria.

Outra pequena, adorável, mas não ingênua criança continua em seu mundo da realidade, em seu berço de palha, sem qualquer luxo ou grandeza, esperando, quem sabe, seu carrinho de plástico comprado com muito sacrifício pelo seu pai (que se orgulha de si mesmo ao ver o brilho no olhar daquela criança).

Agora você se pergunta:

-- O que aquelas crianças têm em comum?

E vos digo: as duas sonham com um mundo diferente; uma com a liberdade, para poder experimentar um mundo novo, sem aquela mesmice de sempre.

Outro sonha também com a liberdade, mas uma diferente daquela que se deleta da sua vida, vida está que nunca faltou carinho, amor e união.

[Jéssica Santos]

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sábado, 2 de outubro de 2010

Oficina de Produção Literária


Hoje rolou uma oficina bacana de poesia. Apesar do tempo ruim, o pessoal estava muito inspirado para escrever, assim, saíram textos muito bons, além das brincadeiras, é claro.

Começamos lendo e comentando alguns poemas que estão sendo trabalhados pela Dayane, que é quem toca o projeto durante a semana na EMEF. Uma das coisas que percebemos é que os poemas, em sua maioria, tinham como tema, o amor.

O que foi feito a seguir, com textos de Manuel Bandeira e Paulo Leminsk, foi demonstrar que poesia pode sair de qualquer lugar, e tudo pode ser tema de poesia, não só o tão falado amor.

A partir dai, foi poema para todos os lados e com todos os temas, formas e tamanhos.


Os textos produzido poderão vir a formar o próximo caderno de poesias, quem sabe.


Quem não foi, perdeu.



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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A gente com Marcelino Freire, na Milton Santos

De Marcelino Freire na Biblioteca Milton Santos


Durante o mês de outubro participamos das oficinas de produção literária promovidas pelo escritor Marcelino Freire, na biblioteca Milton Santos. Nos encontros, além das dicas do escritor, pudemos dividir experiências com o pessoal que participou da atividade.
Quem esteve nos encontros?
A Maria Dayane (que não sai nas fotos de jeito nenhum), Eduardo, a Tawany e a Jô.
Esperamos ampliar a participação da galera, nos próximos.

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domingo, 26 de setembro de 2010

Poesia - por Raiane

Poesia

Não é só fazer versos
Mas sim todo o seu amor
Naquele papel.

Não é só rima
Mas sim escrever
Quando estiver triste
E quando estiver alegre.

Quando estiver amando
Quando não quiser mais saber de nada
Dedique um pouco do seu tempo
Para os poemas

E seja feliz.

[Raiane]

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Periferia sem Prefeito - Maria Dayane


Periferia sem Prefeito


Periferia sem prefeito
É onde eu vivo,
esquecido por tudo e por todos.

Moradores morrendo pela polícia
Ou pelas drogas,
Vidas esquecidas
Vidas marcadas pelo tempo,
Tempo que foi apagado, ignorado
Pelos que mais precisamos.
Confiaram nele, votaram e admiraram,
Mas se decepcionaram.

Crianças com lágrimas de sangue
Sangue que foi derramado
Por quem mais eles amaram.
Pais tentando dar um futuro melhor para os filhos.
Um futuro que para eles
No momento não existe.

Periferia sem prefeito
Como podemos viver sem isso?

Sonhos destruídos, a proposta
De emprego que nunca
Recebem são vagas que não
São preenchidas por um
Ex-presidiário, atrás de uma segunda
Chance, ou por um negro e também
Um analfabeto.

Assim é a periferia sem
Prefeito.

[Maria Dayane]


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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um poema para meus heróis


Como está todo mundo no clima de retomar os ideais combativos do lutador social Sebastião Francisco, "O Negro", vou postar um poema que escrevi e postei faz já um tempinho no Rebeliarte sobre alguns de meus heróis da luta política.





Um poema da margem esquerda

Novos tempos

A soprar novos ares à esquerda
imortais lembranças de outrora
meus herois, que tombaram na alameda
aguardam ao tempo da desforra.

Sorriem hienas descaradas
em seus ternos-engomados-competentes
à pobreza, lançam sobras esbanjadas
escarram no mendigo, no carente.

Ilustres construtores da opressão
mestres da mentira original
o que gera a riqueza é a miséria
a consciência é o que derrota o capital.

Bem vivos estão em minha gente
Che Guevara, Marighella, Lampião,
Conselheiro no arraial valente
Zumbi, o orgulho da nação.

A vitória aguarda alegremente
a coragem dos filhos do cansaço
seremos povo livre-independente
se olharmos para adiante no espaço.

Então custa a nós mesmos refazer
o trabalho de nossos ilustres sonhadores
para uma vida de ódio, o prazer
de sermos nós libertadores.

[Edu]

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domingo, 19 de setembro de 2010

Negro - por Tawany

Muitos pensam...


Negro, pele escura, cabelo crespo,
Pessoa que não merece respeito.
Negro, sem valor, não tem sentimento,
não sente dor.

Negro, não ama, não merece carinho.
Com suas mão machucadas, em dor e sofrimento,
constroi seu próprio ninho - a morte.

Debaixo da terra existe o mundo do extermínio,
que é a outra vida, onde se vive,
debaixo das botas dos homens brancos.

Negros, derramam pranto.
Conquistou a morte tentando conquistar a liberdade.
Negro, abra os olhos, não sofra calado, não olhe para o passado
Construa seu futuro.

Engane o destino de uma forma sábia,
driblando as dificuldades com a cabeça erguida.
Use o segredo mais importante da vida:
O tempo!

Por que o tempo?

O tempo, sim.
Pois temos que dar tempo ao tempo, para que a vida seja aproveitada
Em outras palavras,
"Sem tempo a vida não passa"

Negro, revele o que pensa
Mostre para si próprio que você é capaz de conquistas o que você quer.
Negro, acredite na sua capacidade,
Acredite que você é quem vai fazer a vida valer a pena.
Pois a vida não é só para aqueles que "podem", pois você também pode tudo.

Negro, em calafrios geme, e com a voz trêmula
tenta cicatrizar feridas passadas,
palavras mal usadas que um dia te magoaram.

Negro, apague páginas que um dia te amedrontaram
e te fizeram chorar à toa.

Negros, olhem o mundo com os olhos da alma,
inspirem-se em quem te fez existir hoje.

Quem te fez existir hoje?
Você fez você existir hoje!
Pois enfrentou tudo e todos,
para que o mundo enxergasse que não é "negro" formado apenas por cinco letras
mas é negro e acima de tudo
não desiste de seus objetivos.

Um dia tentaram nos expulsar do mundo
por terem o complexo de que não tínhamos alma.
Mas um dia enviado das altas nuvens
nos libertou das mãos dos demônios de nossas vidas.

Nos fizeram acreditar que não éramos nada,
que não merecíamos viver,
que não prestávamos,
que éramos inferiores aos tais senhores.

Agradeço aos negros que lutaram para ter o que era seu por direito.
Que lutaram por seus objetivos e que venceram,
não dominando o mundo ou mudando a opinião dos "senhores deuses brancos",
mas venceram em qualidade e sabedoria
e hoje, conquistaram e tomaram para si o que era de direito.

Agradeço chefes de quilombos que deram suas vidas
para que não fossem extintos os negros.
E agradeço a Deus por ter nos aberto as portas do céu,
e nos fez conquistar cada vez mais
o nosso lugar:

"a igualdade".

Tawany

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sarau do Movimento de Arte Maloqueira - Guaianases





No último sábado, dia 11, estivemos em Guaianases para participar do sarau organizado pelos movimentos de cultura da região. Muita música e poesia, num começo de noite de energia estonteante.

Chegamos um pouco atrasados, logo, o bicho já estava pegando, com violão e Hip Hop.

Contribuímos com alguns livros e algumas leituras.

Só posso dizer que a experiência foi ótima, principalmente por revermos algumas pessoas queridas, e, fortalecermos o movimento.

Juntos somos mais fortes.









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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Revolução Poética



O projeto está passando por algumas reformulações. O fato mais importante no momento é que os novos poetas estão tendo formação justamente com a turma que vem batalhando conosco desde o ano passado, principalmente, pelas escritoras Jéssica Ferreira, Tawany e Dayane.

Dentre as propostas, houve um consenso em torno da inclusão de dois termos ao nome do coletivo. Agora somos Revolução Poética - Poetas do Negro.

Para quem não sabe o que é revolução, vem uma definição bem bacana feita por Fidel Castro, líder político cubano.

"O que é revolução?
Revolução é: sentido do momento histórico; é mudar tudo o que deve ser mudado; é igualdade e liberdade plenas; é ser tratado e tratar os demais como seres humanos; é emanciparmos por nós mesmos e com nossos próprios esforços; é desafiar poderosas forças dominantes dentro e fora do âmbito social e nacional; é defender valores nos quais se crê ao preço de qualquer sacrifício; é modéstia, altruísmo, solidariedade e heroísmo; é lutar com audácia, inteligência e realismo; é não mentir jamais nem violar princípios éticos; é convicção profunda de que não existe força no mundo capaz de derrotar a força da verdade e das idéias. Revolução é unidade, é independência, é lutar por nossos sonhos de justiça para Cuba e para o mundo, que é a base do nosso patriotismo, de nosso socialismo e de nosso internacionalismo"

Fidel Castro Ruz, 1º de maio de 2000.

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Corrente contra a desigualdade - poesia e amizade


Estamos voltando às atividades, galera!

Breve, novidades. Nossa primeira revista literária está no forno, prontinha para sair.
Reformulamos o projeto, breve, os novos jovens poetas estarão postando seus textos por aqui.

Fechando as novidades com um desenho da Jéssica Ferreira, abrindo um novo caminho para a poesia da Líder.

Um grande abraço!!!!

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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Poesia e Resistência - Coletânea Poética



No último sábado lançamos nossa primeira coletânea poética. Os textos resumem um pouco o que foi esse primeiro ano de projeto.

A tarefa agora é divulgar o trabalho.

Um abraço.

[Eduardo]

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Poema bomba




Poesia é veneno, é bomba
Artilharia pesada
Que acerta a alma
Não erra
Alcança
Nunca se cansa.

Poesia é alento
É o último recurso
De uma vida sofrida
Marcada

Bomba, veneno, pancada
O poema explode

Não tem medo de nada.

[Eduardo]

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domingo, 20 de junho de 2010

Asas da Imaginação




Falam que sou desligada do mundo, mas as vezes é melhor estar viajando no espaço do que estar neste cruel e injusto mundo chamado Planeta Terra.

Mas nunca me apoio nas fantasias em que este mundo cria para afugentar os problemas, por que nada vai mudar a situação em que vivemos a não ser a força de vontade, a compaixão sem racismo e a honestidade (se é que isso possa acontecer).

Mas voltando para a minha mente brilhante, amo ler livros. Quando me concentro em alguma coisa, não há quem chame minha atenção, pois é nessa hora que viajo para várias épocas e lugares.

Vivo cada palavra como se estivesse lendo as últimas palavras deste grande livro. Muitas vezes me penetro profundamente nos contos que leio, tanto que me sinto como se fosse uma das personagens, vivo as dores, as alegrias, as decepções, o entusiasmo, a raiva, a coragem, o preconceito e os finais surpreendentes (tanto felizes quanto tristes).

Nos tempos modernos em que vivemos não temos o devido valor à leitura, passamos o dia na frente da TV e do computador, mas isso com certeza não é tudo.

Ler um livro muitas vezes pode ser emocionante, e, além disso, é mais saudável.

Espero que com este poema as pessoas vejam como é importante a literatura.
Agora, vou voltar para o meu livro (por favor, não me interrompa).

E o grande final, espero que todos nós terminemos com um

"Feliz para sempre".

[Jéssica Ferreira]

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Estrelas



Em todas as noites da primavera é ótimo olhar para o céu, porque as estrelas brilham sem parar. Em uma dessas noites que a nossa história começou.

Havia uma garota que sempre olhava para as estrelas com brilho doce no olhar, com o coração cheio de felicidade, sorrindo à vontade.

Em uma dessas noites ela foi olhar as estrelas. Era a noite mais linda que ela já tinha visto. O céu estava escuro, estrelado, com a lua e o brilho das estrelas.

Mas em uma parte escura do céu, sem luz, de total escuridão, onde só havia tristeza, uma voz fraca e fina falava:

-Porque olhas para as estrelas assim, com tanta felicidade? É só desperdicío de seu tempo! As estrelas são só bolas de fogo queimando a milhões de quilomêtros daqui. Acorde logo para depois não sofrer.

A garota ficou traumatizada. Com os olhos cheios de lágrimas saiu correndo querendo saber o porquê.

Ela saiu triste e aflita. Caminhando sozinha na estrada chegou a um quarto escuro onde passou sua vida, só, com a lembrança do brilho doce do seu olhar ao ver as estrelas e com um peso na consciência tentando descobrir que voz era aquela.

E até hoje você pode escutá-la se perguntando “por quê?”.

[Hellen]

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Wallafer - Versos sobre Versos


Sou poeta e sou feliz

Não importa o que digam.

Uns me chamam de louco,

outros zombam das poesias que escrevo.


Mas os loucos são aqueles

Que zombam dessas que escrevo

Pois não sabem o que é ser feliz

E não têm o dom de sonhar.


Os poetas não são loucos,

São sonhadores que sonham

Acordados, eles têm dons que

Eu chego quase a descobrir.


Descobrir que poderes que tenho

Os dons de um poeta são raros,

Como as maravilhas do mundo

Pois somos diferentes.


[Wallafer]

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domingo, 13 de junho de 2010

Atividade sobre Fernando Pessoa - 12 de junho de 2010

Recebemos a visita da professora Regina Claúdia Kawamura, especialista em Fernando Pessoa. Apesar do frio, as duas horas que passamos juntos foram inesquecíveis. Viajamos pela obra do poeta, pelos heterônimos e por nós mesmos. Fica um vídeo com um pouco do que foi a atividade. Ainda tem bastante material, dá pra editar mais alguns momentos, veremos.



[Edu/Jô]

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Poema de amizade - por Raiane



Não é apenas uma amizade
Mas sim como uma irmã
Peço a Deus que cuide dessa amizade
Como eu mesma cuido da minha irmã

Aprendi uma coisa com essa amizade
Que nós temos que amar
O nosso próximo
Como nós amamos nossa família

Que essa amizade nunca acabe
Que você me ame
Mesmo eu errando
Mesmo nos momentos ruins
É bom que você sempre seja essa menina

Que você venha me dar consolo
Quando estiver errando
Ou pensando em errar

Te amo
Nunca esqueça
Feito com amor
Para uma pessoa muito especial.

[Raiane]

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Inspiração: Sérgio Vaz homenageia rapper Sabotage

Fica um vídeo do poeta Sérgio Vaz, articulador do Cooperifa, em homenagem ao rapper Sabotage, assassinado no ano de 2003.



[Eduardo]

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sábado, 5 de junho de 2010

Semelhança



Vejo as estrelas como pequenos pontos iluminados no céu.
(Pequenas mas com seu valor)
Lembra-me até a terra;

As estrelas maiores pensam que são melhores e mais brilhantes
Que as menores.
Assim como os ricos se acham melhores que os pobres.

Se notarem no céu vocês perceberão que a maioria das estrelas
São pequenas,
Assim como nós (somos a maioria).

Aí penso:
Se somos a maioria porque não faço nada?
Tenho mais poder que eles!

Porque as poucas grandes estrelas que habitam o universo,
Não são suficientes para iluminar nosso céu.
O céu sem a gente não é nada
É apagado
Eles precisam de nós.

Então temos que nos orgulhar de ser quem a gente é.

Vou contar-lhes um segredo,
Mas peço-lhes que contem para o máximo de pessoas possíveis:

No fundo, no fundo, nossa luz é maior, muito maior,
Maior que o brilho de um cometa.

[Jéssica Ferreira - 13 anos]

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Poesia e Revolta - encontro do dia 29 de maio.





Saudações aos revoltad@s do Negro!!!
Toda indignação é pouca para a situação do povo trabalhador do Brasil.

O encontro do último sábado contou com a presença da professora de teatro de Guarulhos, Flávia Mariana e teve como foco a indignação enquanto tema para construção poética.

Mas antes de chegar ao assunto principal, recordamos um pouco do atividade anterior, em que trabalhamos com a pergunta: "Um poema pode salvar uma vida?", foi lido o texto da Andressa que está no blog e assistimos ao vídeo com a participação do nosso camarada Euber Ferrari.


A partir daí foi revolta para todo lado. Começamos a reflexão com o poema do Patativa do Assaré, "Prefeitura sem prefeito", assistimos aos clip com o depoimento do Seu João, nosso vizinho ilustre, filho de Patativa. Para fechar, lemos e comentamos "Poema em linha reta", de Fernando Pessoa.


Além do debate, ainda fomos agraciados com dois poemas repletos de revolta escritos pela Tawany. Um tratando dos absurdos que os moradores das periferias passam diariamente devido ao abandono do Estado brasileiro e outro, forte, denso, pesado, trazendo o tema do racismo de forma direta, sem papas na língua.

Dentre muitas outras coisas, foi isso. A Dayane também nos presenteou com um texto lindo sobre o poder transformador da literatura, além da contribuição do Wallafer, com suas leituras de Mario Quintana, sem esquecer dos quadrinhos do Wellington, claro.

Isso foi só um pouco do que rolou. Quem quiser saber tudo, que venha no próximo, falaremos sobre Fernando Pessoa!!!

Um grande abraço,

Eduardo!

(Em breve, os vídeos da atividade).

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

O que é poesia para mim - Dayane


A poesia para mim é uma fonte de água cristalina

Doce como o sabor da vida.
Poesia é uma forma de mostrarmos como somos,
Apesar de sermos como somos.

Poesia para mim é passarmos para os outros
Que podemos mudar o mundo
Com palavras que rimam,
Com palavras sábias.

Poesia é tocar o coração das pessoas
Com palavras doces.

Poesia para mim é como o eclipse do sol com a lua,
A poesia é como o seu olhar no meu olhar,
Seu sorriso, sua simplicidade.

A poesia para mim é como coisas boas da vida,
Como a água que mata minha sede,
Que mata meu desejo.

Poesia é como viver a vida.

Poesia para mim é como a luta do trabalhador,
O ensino do professor.
Poesia para mim é como sentir a alegria da humanidade,
A solidariedade,
A poesia é como um dia de sol.

A poesia para mim é passar para as pessoas
Que podemos fazer política,
Que podemos mudar o mundo
De forma que toque o coração de todos.

A poesia para mim é como tocar o seu coração,
Os sentimentos, tocar os seus lábios.

A poesia para mim é como o reflexo da lua no mar.

[Maria Dayane]



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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Algumas palavras de revolta





Eu não sonho,
Na verdade, nem sei o que é isso.
As vezes me pergunto
Se Deus existe mesmo, porque se ele existisse,
Eu não viveria como vivo hoje.

Olho à minha volta
Vejo jovens se acabando em drogas,
Crianças sem ter o que comer.

Políticos canalhas tirando de quem nada tem:
Simplesmente tiram, e fica por isso mesmo.

Ninguém faz nada para isso mudar!
Entristeço ao ver o mundo dessa forma
E não poder tomar nenhuma decisão;
Não poder fazer nada para isso mudar!

Sem saber para onde ir, onde fugir,
Em quem me esconder...

Quero que o sonho que eu não sei sonhar,
Um dia se torne realidade
E que tudo em minha volta seja um paraíso,
Que deixe de ser ilusão.
Cansei de sofrer.
Cansei desse mundo cruel.
Cansei de chorar, cansei de não conseguir dormir,
Cansei de viver... Cansei de tudo isso!

Quero aprender o significado do que é sonhar,
Pois só sonhando consigo me desligar desse
Maldito mundo infernal.

[Tawani - 14 anos - poema lido hoje, durante o sarau]

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sementes



Cada dia aprendo mais,
e num instante não sou
mais eu.. O saber nos
transforma em pessoas
diferentes,
como as sementes que
germinam com uma gota de
orvalho, somente.

Meu poema vou plantar
no coração dessa gente,
que descrente não acredita
que é possivel mudar
o pensamento de uma pessoa
através da arte declamada, somente.

[Jociane]

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quando a vida parecer acabar, não se desespere!



Quando a vida parecer acabar
Não se desespere.
Saiba que na angústia nasce um amigo.

Quantas vezes choramos por alguém que nem vale a pena
Derramar uma lágrima.

Choramos de tristeza, choramos de alegria,
Choramos por amor de alguém
Que nunca nos amou.

A dor de procurar e não achar uma saída.
É tão sofrido ver alguém perder a vida
E concluir que não existe mais o que fazer,
O desespero toma conta do coração.

Toda tristeza um dia acaba
E temos que esperar com paciência,
Porque ha um tempo determinado para todas as coisas.

Vamos morrer um dia e há a esperança de que vamos nos encontrar nas asas do universo.

Porque há um longo caminho
Nessa estrada cheia de obstáculos.

[Andressa dos Santos]



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segunda-feira, 10 de maio de 2010

A poesia - de Maiara Cardoso dos Santos




[Maiara Cardoso dos Santos]

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domingo, 2 de maio de 2010

De princesa a Plebeia



Agora já sei por que nada na minha vida dá certo...
Ainda acredito em contos de fadas, príncipe encantado, namorado perfeito!
Não passam de mentiras, ilusões;

Agora mesmo, desisto de todos os meus sonhos, todos os meus desejos. Deixei de acreditar que para alguém, posso ser tudo que sonho - a princesa acaba de se tornar uma plebeia, desistindo da ilusão de "ser feliz para sempre".

Tudo isso é coisa de novela, filmes, não passa de um script escrito por alguém.

Nunca pensei que a Verdade me faria tão mal assim. Desejos jogados fora, sonhos impossíveis; a plebeia acaba de ser desiludida pela verdade, nada de príncipe encantado... O príncipe virou sapo...

E mais uma vez a Verdade tornou a mentira uma tristeza, pouco a pouco a verdade vai se tornando dor, insuportável, dor do desvalor, dor da solidão, o silêncio que se cala. Cada minuto se estende, cada hora se torna um milênio de pura solidão.

Se a vida fosse um livro com personagens perfeitos, beijos à luz do luar, momentos perfeitos, estaria fechado, e o "feliz para sempre" já teria sido dito há minutos atrás, para que os milênios de solidão se tornassem minutos de prazer.

[JéssicaGomes]

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um amor de mulher



Teu amor é lindo
Sentimento profundo.
Eu comparo o teu amor
Com o amor do mundo.

Por quantas vezes, mulher,
Sei que em oração,
Preocupada com tudo,
Pedindo a Deus proteção.

Quantas lágrimas, mulher, já derramaste
Por tudo que já te aconteceu na angustia.
Do cansaço que parece não ter fim.

Ah, mulher, já percebi
Que estão sendo ingratas contigo.
Desculpe-me, perdoa-me,
Quero ser tua amiga.

De hoje em diante, promete:
Comigo lutas.

Mulher, por teu cuidado e carinho
Pelo teu jeito de lutar,
Por tua garra e coragem.
Tu és amada,
Aos que são teus,
Teu amor é comparado
Ao sublime amor de Deus.

[Maria Dayane - poema escrito em homenagem a todas as mulheres que lutam, para o Dia Internacional das Mulheres]

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

A voz da periferia clama por mudança




A vida me pregou
mais um dessa, por essa
não pude esperar.
Tudo que sonhei desmoronou.

Há anos que vivo em cavernas
e ninguém nunca notou.
Sorriso que vem com a dor.
Desespero, choro, lágrima e emoção
que dominava a todos da comunidade.
Escutar gritos de socorro é comum;
não sei se dá pra confiar em minha própria sombra.

Queria poder acreditar em papai noel,
duendes e fada madrinha.
A única pessoa em quem eu acredito
e que não é capaz de me trair é Deus,
pois nele acredito.

Pessoas que moram em Copacabana, Morumbi
acham que o mendigo, o pobre que mora em uma favela
não seria capaz de morar onde eles estão.
Pois fiquem sabendo vocês que nos somos pobres
mas ricos de coração e alma.
Pois o que vocês pensam ou deixam de pensar,
só Deus, naquele grande dia, irá julgar.

Se inveja matasse, quantas
pessoas iriam morrer de desgosto.
Novamente a voz da periferia clama mudança.
Mudança para melhorar não só de vida,
mas de lugar.

Acho que faltam várias coisas neste mundo:
a esperança de renascer de novo.
Vivo em conflito com o tempo
porque perdi horas e horas
tentando achar a solução para mudar o mundo.
Até que ponto isso vai chegar?

O maconheiro, com sua maconha
pede ajuda para sobreviver.
Os moradores em desespero, ajudam.
Na periferia é um ajudando o outro.

Prefeitos, polícia. Eles não são mestres.
Onde eles estão nesta hora em que a periferia clama mudança?
Acho que nem tudo que brilha é ouro,
pois é a vida de todos que está em jogo.

Joia rara, isto que nós somos.
Dinheiro, inveja, pobreza, morte, arrepio na alma.

Todos que estão nesta vida vão triunfar
apenas coloque sua fé
em prática.

Andressa dos Santos
(Andressa tem 13 anos, estuda na Rede Municipal de São Paulo e é poeta)


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domingo, 18 de abril de 2010

"Segredo do amor"



Quando o amor acenar, siga-o,

ainda que por caminhos de espinhos.

Quando suas asas te envolverem, ainda que
a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo,
e quando ele falar a você que não te quer, acredite
no que ele diz, ainda que sua voz possa destroçar
seus sonhos, assim como o vento destrói o jardim.


Pois se amor coroa, ele também o crucifica.
Se o amor faz subir as alturas ao acaricia sua pele,
mas se seu corpo treme como se estivesse com frio,
mas ao mesmo tempo te aquece com o seu corpo
ardente .


Quando ele te faz descer as raízes que abala sua
ligação com a terra,
Como os feixes de trigo, que ele uns mantêm íntegros. E depois
debulha-os até transformá-los e triturá-los, até torná-la branca
amassá-la até deixá-la macia ,e então submetê-la ao fogo para que se
transforme em pão, para que se possa ser consumido no banquete
sagrado de Deus.


Todas essas coisas pode o amor fazer para que você conheça os segredos do seu coração e com esse conhecimento se torne um sonho conquistado
em um fragmento da vida.


[Maria Dayane]

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sábado, 10 de abril de 2010

-'-Queria-'-




Bem longe, junto ao mar;
Eu e você;
Correndo pela praia;
Dar-lhe um beijo, para depois
Guardar esta aventura,
Mas...

Mesmo sem o mar e sem o beijo,
Eu queria ficar.
Seria tua amada,
Contigo nada é tudo
Sentir tudo é nada.

[Vanessa]

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Boas Vindas




Esta é a primeira postagem do nosso blog. A partir de agora, nossos textos ganharão uma nova dimensão, serão livres, poderão alcançar leitores desconhecidos para deste modo se tornarem livres e vivos, como pássaros.

Pássaros-poemas, ou se preferirem, poemas-pássaros.

[Edu]


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