sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Periferia sem Prefeito - Maria Dayane


Periferia sem Prefeito


Periferia sem prefeito
É onde eu vivo,
esquecido por tudo e por todos.

Moradores morrendo pela polícia
Ou pelas drogas,
Vidas esquecidas
Vidas marcadas pelo tempo,
Tempo que foi apagado, ignorado
Pelos que mais precisamos.
Confiaram nele, votaram e admiraram,
Mas se decepcionaram.

Crianças com lágrimas de sangue
Sangue que foi derramado
Por quem mais eles amaram.
Pais tentando dar um futuro melhor para os filhos.
Um futuro que para eles
No momento não existe.

Periferia sem prefeito
Como podemos viver sem isso?

Sonhos destruídos, a proposta
De emprego que nunca
Recebem são vagas que não
São preenchidas por um
Ex-presidiário, atrás de uma segunda
Chance, ou por um negro e também
Um analfabeto.

Assim é a periferia sem
Prefeito.

[Maria Dayane]


1 comentários:

canteiro de poesia 27 de setembro de 2010 às 11:27  

Acordem as autoridades desse país!!! Nossos jovens estão bem acordados. Pode ter certeza Dayane que seu poema chegara muito longe. abç JÔ

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